18/05/2008

Duas mãos, para dez dedos

Conto pelos dedos, conto numa mão,
Os poucos que estão no meu coração.
Poucos mas bons,
Os outros estão mas são só sons,
O ruído ensurdecedor
O ensurdecedor ruído
De poucos a meu dispor
De poucos amigos ter mantido.
Omito a dor,
Desminto o amor.
Omito a amizade,
Desminto a deslealdade.
Omito verdade,
Isto tudo não passa de infantilidade...

Desejo ser conhecido,
Ser alguém,
E deixar de ser desconhecido.
No entanto desconhecido sou
e muitas amizades o tempo acabou
longe ser, e longe estar
e muitas amizades de longe acabou por acabar
Desejo ser...
Alguém conhecido,
E desconhecido deixar de ser.
Agora conheci alguém desconhecido,
E conhecido passou a ser amigo,
Sei que o melhor amigo não tenho sido
mas sei que posso contar sempre contigo.
Desejo ser conhecido,
E quem sabe amigo,
Deixei de ser desconhecido,
E a nossa amizade só morrerá comigo...

Cinco dedos, uma mão,
No meu coração para sempre ficarão.
Dez dedos, duas mãos,
Com amor para sempre serão meus irmãos...

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